SEGUNDAS INTENÇÕES FEREM A CONFIANÇA ENTRE AS PESSOAS

Muitos relacionamentos são rompidos devido à quebra de confiança entre as pessoas. Mesmo que seja perdoado, o mentiroso ou enganador sempre será visto com desconfiança pelo amigo que foi ofendido ou prejudicado. A mentira, por mais que pareça inocente, destrói as boas relações humanas. O mentiroso perde a credibilidade e pode nunca mais recuperar a confiança. O mentiroso acaba ficando viciado em mentir. Uma mentira costuma levar a outra. Thomas Jefferson, um dos primeiros estadistas americanos, declarou: "Não há vício tão vil, tão lamentável, tão desprezível; e aquele que mente uma vez, achará muito mais fácil fazê-lo uma segunda e uma terceira vez, até que por fim vira um hábito." A ação de Jacó revela má fé, uma falha de ordem ética e moral! E para piorar vemos por detrás disso tudo sua mãe com um claro favorecimento ao filho caçula. É ela quem comanda e estimula Jacó para que tome desonestamente o lugar do irmão. Esta dianteira tomada pela mãe funciona como álibi para Jacó, atenuando sua culpa. Afinal, ele deseja ardentemente a bênção de primogênito. Jacó não planejou o esquema, mas agiu pressionado pela forte vontade da sua mãe, que organiza o complô e instiga o filho a realizá-lo. Mas não demonstra nenhum sinal de escrúpulo. O que ele sente é medo de que o pai possa submetê-lo à prova do toque, por isso arranja uma pele de cabra e vai até Isaque, que sem perceber o disfarce, o abençoa por engano. Quando Esaú vem ao pai e pede-lhe a bênção, ambos descobrem a fraude cometida por Jacó. Agora é tarde, pois uma bênção tem força de juramento, não dá para desfazer! A bênção foi proferida e já estava com Jacó. Nem tem como haver duas bênçãos iguais ou de valor equivalente. A imensa dor desesperada de Esaú recai sobre o pai, que o amava demais. Esaú implora uma bênção ao pai: “abençoa também a mim meu pai” (v. 34). Ele fica arrasado. Esaú agora não é mais um rude caçador, mas uma pessoa ferida e amargurada que vai buscar a morte do irmão com sede de vingança!